OS "NOBRES" DA REPÚBLICA
Existe uma "nobreza"
enquistada na República do Brasil: são os funcionários do alto escalão e alto
salário da burocracia estatal: promotores de justiça, auditores fiscais,
procuradores de entes públicos, juízes, Desembargadores, Ministros dos Tribunais
e até delegados de polícia, não sem razão, se acham distinguidos pelo poder sem
controle e sem contrastes que exercem sobre a liberdade, a vida e a morte dos
cidadãos.
Estes cidadãos se acham
condes, viscondes, barões, enfim, uma nobreza
neste país de cultura autoritária e profundas desigualdades sociais e
salariais. Acham-se distinguidos dos demais cidadãos pelo poder e dinheiro que
ostentam.
Odeiam movimentos sociais, pessoas e partidos de esquerda porque
não suportam ouvir falar em direitos dos cidadãos, igualdade perante a lei,
liberdade, democracia, liberdade de expressão e de manifestação.
Esta "nobreza" quando
pode, e sempre pode, persegue, subtrai direitos, tenta intimidar ou até mesmo
incriminar e condenar seus alvos. Sua identificação de classe é com as 5.000 famílias (0,001% da população brasileira) que são proprietárias de 46% do
PIB (Atlas de Exclusão Social - os ricos do Brasil (IPEA)), não é com o povo que
lhes paga os salários altos.
Os funcionários públicos da União
são os mais bem pagos da burocracia estatal brasileira. A Polícia Federal
herdou a função de polícia política deixada pelos DEOPS ou DOPS (a sigla mudava
a depender do Estado da Federação), e pelo visto a subcultura de perseguição a
pessoas de esquerda também.
É esta burocracia que conduz
Inquéritos Policiais, acusa e julga pessoas de esquerda. É a isto que se chama
de aparelhamento do Estado por uma classe. Vejam no link abaixo [1] como ocorre este aparelhamento na luta política através das próprias opiniões
partidárias, faciosas e eivadas de desejo de perseguir destes soldados da burguesia .
Nota
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