domingo, 21 de novembro de 2021

                                OS 10 ANOS DE MEU BLOG

 


Neste mês de novembro de 2021 este blog, o Blog de Luiz Brasileiro, completa 10 anos de existência.

Neste pequeno espaço escrevi e defendi o que acreditei ser verdadeiro, justo e necessário ser escrito. Lutei por justiça para os perseguidos do "mensalão", os condenados na AP-470, a farsa que antecedeu a Lava a Jato na tentativa de destruir o PT na opinião pública.

Li peças básicas dos autos, coloquei links para elas em minhas postagens, ataquei a viga mestra desta fraude que é a condenação de Henrique Pizzolato. Não me rendi, nem Pizzolato, uma dia esta fraude vai cair. Vou escrever um livro sobre esta infâmia, falta pouco.

Nunca paguei para divulgar meu blog nem pedi a amigos que o divulgassem, isto não se pede, o cara divulga se quiser.

No blog só tem textos meus. Não vivo de blog e não tenho opinião sobre tudo, daí não escrevo para o blog com muita frequência. Foi um bom aprendizado e muitas vezes a tecnologia me passou uma rasteira.

Gosto de assinar meus atos e o que defendo, preto no branco, e o blog me permitiu isso.

Muito agradecido a quem um dia passou por aqui. É uma das minhas trincheiras de luta por justiça. Prometo mais dez anos de blog, se a morte não colocar antes o ponto final.

 Cordialmente,

Luiz Brasileiro

 

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

                      O CARA ERA A FEBRE DO RATO


Paulo Freire (1921-1997) 
             

Hoje, 19/09/2021, é a data em que se comemora o centenário do nascimento de Paulo Freire e não posso deixar de confessar minha dívida para com a obra dele. É uma dívida grande, o melhor de minha pegada ao pensar e ler devo a ele.

Inicialmente me interessei pelo método de alfabetização do mestre pois como toda pessoa de esquerda considero que o item mais precioso do patrimônio de um cidadão é sua educação. Isso lá pelos anos de 1979 e início dos anos oitenta.

Procurei ler exatamente como ele orientava em uma entrevista das páginas amarelas da VEJA e depois fui aprender como funcionava seu método de alfabetização de adultos.

Sua pegada revolucionária é a leitura, de uma radicalidade jamais ombreada: aprende-se a ler por seu método simultaneamente com a leitura do mundo e  dos livros. Ao ler o educando mobiliza tudo o que sabe da experiência de vida e dos textos para ler o mundo e os textos.

Não tem neutralidade política nisto, o mundo é feito de injustiças, estão sob nossos olhos, só que os leitores ingênuos e os que não dominam o código escrito não têm recursos linguísticos para percebê-las melhor. Seu método busca justamente isto, aparelhar as pessoas para melhor lerem o mundo, alfabetizando-as.

A pegada do mestre é radicalíssima e por isso ele é tão odiado pelos reaças e direitistas de todos os naipes, quase todos amestrados e que do pensamento dele nada conhecem mas agem como cérberos da minoria dominante.

Esta radicalidade o faz atual e necessário. Os celerados que vilipendiam sua obra culpando-a pelo ensino ruim do sistema público de educação no Brasil sabem que o problema é justamente a falta de Paulo Freire em nossas escolas e universidades pois nestas instituições se ensina a ler pessimamente tal como prova a quantidade de analfabetos funcionais, até mesmo entre estudantes universitários.

Portanto, temendo as consequências que adviriam de um povo alfabetizado segundo os passos de Paulo Freire fazem um ataque preventivo para desviar a atenção deste grande tesouro da educação que é a obra do mestre.

Sou uma flor de pessoa, amigos até passam atestado, mas nem tudo são flores nesta vida ingrata, por ler como manda o mestre arranjei alguns inimigos entre os sacripantas pois cria um grande mal-estar entre eles uma leitura radical do mundo.

Para finalizar apresento aqui uma definição do mestre sobre o que seja um analfabeto: "Analfabeto é aquele que não sabe ler ou aquele que sabendo ler, não ler."

O cara era radical, a febre do rato. Salve mestre.



sexta-feira, 10 de setembro de 2021

 

                         O BOI LADRÃO

 


Vou mostrar neste texto uma coisa óbvia e sob nossos olhos mas que está ainda imperceptível para muita gente: Bolsonaro não tentou um autogolpe no dia sete de setembro. 

Em minha interpretação dos fatos ele incitou seus seguidores a depredarem o prédio do STF. Não é pouca coisa, seria uma lição e tanto aos que o subestimaram - tal como alguns Ministros do STF - e impediram o Presidente Lula da Silva de derrotar o narcotraficante na eleição de 2018.

A depredação do prédio do STF foi abortada devido à ação do Deputado Federal Paulo Pimenta, (PT-RS), e do Ministro Luis Fux, que deixaram ver que a manobra estava à vista, o que traria um custo alto para a PM do Distrito Federal, totalmente bolsonarista, e para o Governador do DF.

Existem muitos analistas repetindo a hipótese de autogolpe do narcotraficante no dia sete de setembro por falta de informações de como se opera um golpe de Estado nos moldes já conhecidos por nós.

Neste tipo de empreitada criminosa contra as instituições da República primeiro tem que ter o Exército na parada, não se aplica um golpe de Estado somente com a meganha da PM, da Polícia Civil e da PF. Se o Exército estiver dividido também não tem golpe, sempre que os golpistas tiveram que combater não teve golpe.

O Exército tem que estar à frente da infâmia, não pode ser a Marinha ou a Aeronáutica. Outra coisa que os golpistas do Exército aprenderam em 1954 e em 1961: sem dividir a opinião pública e capturar uma fatia dela para a empreitada criminosa e sem cooptar o apoio das empresas de comunicação não tem golpe.

É muito óbvio mas não se pode deixar de lembrar: sem o apoio e a grana dos EUA não se opera um golpe de Estado no Brasil.

Um golpe de Estado precisa prender muita gente, sindicalistas, deputados, militantes de esquerda, estudantes, alguns militares, controlar a web, e continuar a embromar a opinião pública, não se isolar nem dentro nem fora do país. Não é fácil nem simples dar um golpe, mesmo um autogolpe, tem que haver lideranças, trabalho e tempo para operar ou tudo pode se transformar em  um passo maior que as pernas e uma derrota acachapante.

A todos aqueles que estão para pôr um ovo por causa das das baixezas criminosas do narcotraficante quero lembrar: não esqueçam destas lições que a história do Brasil nos ensina.

Devemos combater o narcotraficante até vê-lo na cadeia. Para tanto deveremos analisar suas táticas para percebermos sua estratégia: o criminoso vulgar age como um boi ladrão, empurra a cabeça no arame da cerca até folgar e romper os fios.

Em síntese, o criminoso vulgar é um aventureiro, tal como foi uma aventura sua candidatura; ganhou com a ajuda da mídia, do Judiciário (TSE, STF, Lava a Jato de Sérgio Moro) e das criminosas fake news. 

O delinquente é um típico pescador de águas turvas, nada mais, que contou também com eleitores enganados e muitos iguais a ele. Mas juntos nunca me enganaram, todos os que contribuíram para sua eleição são inimigos do Brasil.

 

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

                     O AFGANISTÃO É AQUI

 

A pintocracia  está sempre na cabeça de quem não tem pinto

 Li um texto na página do Facebook de uma mulher sobre o Talibã e constatei como a ignorância é danosa. Tomei a decisão de não entrar em discussão com certo tipo de gente, de mim tipos malucos não arrancam uma palavra, mas vou abrir uma exceção.

A criatura condena o tratamento que os Talibãs dispensaram às mulheres enquanto estiveram no poder no Afganistão entre 1996 e 2001. Tudo muito óbvio, contudo a causa explicativa para o tratamento brutal e medieval é o pênis, os homens, todos, são uns monstros porque biologicamente são do sexo masculino.

Tudo gira em torno do pênis, a pintocracia: "Homem ri do drama das mulheres e não tem empatia pra entender que violência contra as mulheres não tem graça.

Homem aplaude o talibã." 

A criatura não sabe nem quer saber que o Afganistão é um país sem nação, lá só existem tribos, etnias e clãs, Estado-nacional que supere relações atávicas de sangue é ainda uma miragem no horizonte.

Países dominados por tribos, etnias e clãs, organizações proto-estatais, estão sujeitos a faxinas étnicas, dominação de chefes de clãs e tribos, rígidos códigos de honra e autoridade incontrastável.

É muito óbvio que países assim não conheceram Revoluções liberais burguesas, industrialização, urbanização, nada. São agrários, sociedades simples, não conhecem o laicismo, religiões consolidam a máxima autoridade, a teocracia.

No Brasil superamos muitas destas coisas, construímos uma nação, nos tornamos uma sociedade urbana e razoavelmente industrializada faz pouco tempo. Mas existem os que defendam a divisão do país em etnias, tribos e raças e com o apoio de muitos ignorantes do que significa isto em termos de regressão no processo civilizatório.

Para a criatura é a "pintocracia", a natureza, a fecundação do óvulo pelo espermatozóide com o par de cromossomos xy com o y dominante, a causa da opressão e violência contra as mulheres.

Isto é um tipo de raciocínio medieval ou bíblico, coisa anterior às ciências sociais ou às descobertas de Gregor Mendel, puro obscurantismo, que quando comparado à cultura e condições sociais e culturais que geraram o Talibã nada fica a dever em trevas ou é até mesmo pior.


P S

Depois de ter escrito o texto acima encontrei um artigo de Engels sobre o Afganistão, como é muito instrutivo e atual o disponibilizo aqui para quem o quiser ler.


Engels sobre o Afeganistão

Em artigo escrito em 1857, Friedrich Engels refletiu sobre o Afeganistão e guerra anglo-afegã.

https://blogdaboitempo.com.br/2021/08/19/engels-sobre-o-afeganistao/?fbclid=IwAR3uXGLt2TwPt0h0aA6nMvrMcPdfCr0HV_5a_8E7_n3q5xXbsqgGTyR9vzo

domingo, 25 de julho de 2021

    A REVOLUÇÃO BURGUESA NO BRASIL


                 


 

Penso que Revolução Burguesa como categoria sociológica pode ser de muita utilidade para compreendermos o Brasil contemporâneo.

O que poderíamos chamar de Revolução Burguesa no Brasil é a Revolução de 1930, quando uma fração da burguesia derrotou a outra pelas armas e começou a construir o Estado-nacional moderno.

Modernização quer dizer exatamente isto: realização de reformas básicas do capitalismo tais como, reforma bancária, educacional, urbana, agrária, construção do mercado interno, industrialização e etc.

Da Revolução de 1930 para cá o embate é o mesmo, uma banda da classe dominante quer manter incruada a Revolução Burguesa e não concluir as reformas necessárias. Getúlio Vargas fez do suicídio um ato político para deter um golpe de Estado em 1954, putsch intentado pela outra banda da classe dominante que se opunha às reformas deflagradas por seu governo.

Mas não existe unanimidade sobre o proveito desta categoria para a compreensão da formação social brasileira atual. Jacob Gorender em seu livro A BURGUESIA BRASILEIRA afirma que esta categoria sociológica não nos serve, não tem nenhuma utilidade porque a burguesia brasileira não precisou fazer revolução para chegar ao poder. Vou esclarecer: os capitais privados usados na industrialização vieram principalmente do excedente da produção do café em São Paulo. 

Desta maneira, dito de maneira simplificada: os plutocratas da agriculutra de exportação se transformaram em burguesia industrial e capturaram todas as pontencialidades disponibilizadas pelo Estado para a empresa industrial sem precisar fazer revolução. 

Esta discussão já inflamou a esquerda antes do golpe de 1964 quando esta  buscava uma aliança com uma imaginada burguesia industrial e progressista interessada principalmente na construção do mercado interno para suas mercadorias.

Como se sabe, esta burguesia não teve papel ativo na industrialização depois de 1930, o Estado é que foi o grande agente desta e a esquerda ficou sem escada e sem parede, somente segurada na brocha em 1964, não existia burguesia progressista interessada na conclusão da Revolução Burguesa.

Esta Revolução continua incruada, nenhum dos dois lados tem força suficiente para jogar o adversário de costas no chão e passar a faca no pescoço.

Situação que nos faz crer que a Revolução Burguesa no Brasil só pode triunfar se feita pelos trabalhadores, como revolução proletária. Porém, quando se olha para os partidos de esquerda e percebemos o nível de consciência da classe trabalhadora se constata que este rengue-rengue ainda vai perdurar por um tempo indefinido.

quarta-feira, 5 de maio de 2021

                         KARL MARX




Hoje, 05 de maio, é o dia em que nasceu Karl Marx.

Ele é um pioneiro das ciências sociais, não é um precursor; depois dele só Max Weber e Emile Durkheim se destacam entre os fundadores da sociologia.

Nenhuma pessoa honesta lê uma biografia de Marx sem se encantar com a integridade moral do cara; perseguido por governos, difamado (raramente respondia aos ataques dos pigmeus, não tinha tempo para desperdiçar), passou necessidades, perdeu uma filha de inanição, fome, mas não abjurou o que tinha descoberto, como tinha se formado o capitalismo e suas estruturas.

Fez política até os 33 anos de idade e dedicou os 30 anos seguintes a escrever O CAPITAL, uma crítica dos clássicos da economia política, para nós sociólogos é a melhor teoria da sociedade capitalista. Esta teoria tem resistido aos fatos pois passados mais de cem anos de sua publicação estes não a desmentiram e ninguém consegue entender as crises do capitalismo sem conhecê-la.

Mesmo que não tivesse escrito O CAPITAL, suas ideias sobre os fundamentos econômicos da sociedade capitalista e sobre a crítica da ideologia e seu papel para a dominação já fariam dele um dos fundadores da sociologia pois sem se conhecer as camadas de opacidade que as ideologias interpõem não se pode rompê-las para conhecer, produzir conhecimento sobre como a sociedade realmente existe.

Minha relação com o marxismo foi rica, crítica, pois procurei encontrar teoria melhor e conhecer suas falhas e defeitos. Constatei que existem vários marxismos e cada um escolhe o seu, esta variedade de interpretações acontece com todo grande pensador.

Meus professores não me ensinaram nada sobre Marx, mandavam ler textos do barbudo e fazer seminários e provas, tive que estudar Marx sozinho. Ainda hoje estudo.

Marx era judeu, nasceu 05 de maio de 1818 e faleceu em 14 de março de 1883 e está sepultado em cemitério judaico em Londres. Pela influência de suas ideias pode ser colocado na linhagem dos grandes líderes do Velho Testamento sem esforço.

Ave Marx!

 


domingo, 7 de março de 2021

 

           JÁ TOMOU SUA DOSE DE CINISMO HOJE?

 


Volto aqui para escrever um pouco mais sobre a situação de Pizzolato no processo que tramita na 20ª Vara em Brasília.

Percebam que este processo é cível e de execução do acórdão que o condenou e mais alguns réus (Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Cardoso) no STF, especificamente  na Ação Penal 470-DF, o "mensalão". Esta execução do título, cumprimento de decisão judicial, é para ressarcimento do suposto prejuízo que causaram ao Banco do Brasil.

A entalada para a juíza da 20ª Vara e para todos os inomináveis do STF que os condenaram é que o perito designado pelo juízo produziu um laudo pericial com supedâneo nos documentos constantes nos autos que isenta Pizzolato de qualquer responsabilidade patrimonial e estes mesmos documentos também o inocentariam em sede de juízo penal.

E agora? Para quem se interessa pela verdade o que importa é que não se pode mais duvidar que Pizzolato, Dirceu e Genoíno, Delúbio e até os banqueiros foram objeto de uma trama sórdida, uma perseguição vil ao PT e seus quadros históricos com a finalidade de destruir o partido na opinião pública.

Pizzolato e todos os condenados no "mensalão" de posse destes laudos poderão ajuizar no STF a revisão criminal prevista no art. 622 do Código de Processo Penal para serem inocentados. Não com a composição atual pois esta corja que condenou jamais confessará os crimes que cometeu em conluio com o imperialismo norte-americano para destruir o PT.

É por estas e outras que eu não acredito nas ementas de acórdãos e sentenças publicadas nos Diários do Poder Judiciário. Este pessoal mente demais, inventa e deturpa a verdade em cascata. Nada é mais falso no Brasil que o que se publica nestes diários.

Antes de acreditar no Judiciário procure ler os autos pois o que este Poder da República produz pode ser a mais sórdida mentira em contradição com o direito e com as provas constante nos autos.

Para terminar, não tenho dúvidas que muitos advogados, juristas famosos e funcionários do Judiciário logo ao acordar tomam uma dose cavalar de cinismo, senão não conseguem conviver com esta abominação sem se sublevar.



 

                     CAIRÁ O REI DE OURO

 

      



Li os dois Laudos Periciais juntados nos autos do processo de nº 0021250-95.2015.8.07.0001[1] que tramita na 20ª Vara Cível de Brasília. Na verdade, se trata de execução de título, o acórdão que condenou penalmente Henrique Pizzolato, Marcos Valério e outros réus na Ação Penal 470-DF, que tramitou no STF, o inventado "mensalão" pela mídia golpista e serviçal dos EUA. 

O caso ainda não foi julgado, está em fase de liquidação do título, aguarda sentença, mas os dois laudos provam que a grana nunca foi do Banco do Brasil, seus balanços patrimoniais constantes no site do banco jamais registraram este prejuízo imputado a Pizzolato e outros, o afanamento de 73 milhões de reais do BB.

Os serviços que totalizaram os 73 milhões de reais em publicidade do cartão Visa foram prestados, nos Laudos consta que 66 milhões foram comprovados, mas o perito não aceita o desconto de CPMF, existente na época, e comprovante sem correspondência mandando pagar, exigência sem base sequer no Regulamento de Constituição e Uso do Fundo de Incentivo Visanet ou qualquer norma contábil,  daí carece de comprovação menos de 10% (dez por cento) do valor que os Minstros que condenaram Pizzolato disseram que nenhum serviço tinha sido prestado.

Vou resumir, o STF imputou a Pizzolato ter afanado uma grana, 73 milhões de reais, do BB e que sequer pertencia ao banco. Neste aspecto o crime pelo qual o STF condenou Pizzolato foi peculato, art. 312 do Código Penal. Vejam o que consta na fl. 18 do Laudo:

"10) “No Laudo 2828/2006-INC alguma vez é citado o nome do Requerido Henrique Pizzolato ou algum documento que tenha sido por ele encaminhado à Visanet?”

RESPOSTA: Após leitura do Laudo 2828/2006-INC de id 39312907 – Pág. 80/122, constata-se que não fora mencionado o nome do Requerido Henrique Pizzolato."

É isto mesmo que você está vendo, Henrique Pizzolato não teve qualquer contato com os 73 milhões da Visanet nem esta grana era do Banco do Brasil.

Vejam o que consta na fl. 14 do Laudo:

"“b) Consoante o disposto na cláusula "II.3" do Regulamento do Fundo de Incentivo Visanet, qual entendimento expressa o Banco do Brasil no seu Relatório de Auditoria Interna, datado de 07/12/2005?”

RESPOSTA: O Relatório de Auditoria Interna, do Banco do Brasil, de 7/12/2005, (id 39312907 – Pág. 19/49), estabelece o seguinte entendimento, conforme extraído do item 7.1.3:

“7.1.3 De acordo com o Regulamento de Constituição e Uso do Fundo de Incentivo Visanet, a CBMP sempre se manterá como legítima proprietária do Fundo, devendo os recursos ser destinados exclusivamente para ações de incentivo aprovadas pela Visanet, não pertencendo os mesmos ao BB Banco de Investimentos e nem ao Banco do Brasil.”

Portanto, o dinheiro não era do Banco do Brasil nem foi afanado nem Pizzolato teve qualquer contato com este dinheiro.

O Laudo 2828 mencionado foi elaborado pelo Instituto de Criminalística da Polícia Federal e sequer o nome de Pizzolato é mencionado; imprimi e li este Laudo na época do julgamento da AP 470. Em síntese, este Laudo inocenta Pizzolato, estava nos autos e mesmo assim condenaram Pizzolato no STF.

Caso não ocorra outra fraude neste processo o “mensalão” cairá como um castelo de cartas e Pizolato será inocentado. A viga mestra do "mensalão" é esta ignomínia imputada a Pizzolato pois sem esta monstruosidade não se pode sequer pensar que os empréstimos da fl. 26 da DENÚNCIA da AP 470 são fraudulentos pois os dois bancos emprestaram dinheiros seus, privados, a empresas de Marcos Valério, que era o caixa 2 do PT, sem o qual não pagaria as dívidas assumidas com Duda Mendonça, o marqueteiro da primeira eleição de Lula, e demais despesas de campanha.

O caso de Pizzolato é grave pois não se trata de falta de provas mas da existência de provas, provas de sua inocência. Nesta condenação tenho particular desprezo por um homúnculo chamado Ayres Brito, o rato de dois pés que finge bater ponto no Instituto Inovare, da Rede Globo, que comandou o julgamento da AP 470.

Antes de fazer meu juízo de valor sobre os petistas e seus julgamentos procurei ler a DENÚNCIA e outras peças dos autos, principalmente o Laudo 2828, como deve fazer uma pessoa que se respeita, pois não gosto de ser enganado nem de repetir mentiras. 

Nota

[1] Quem quiser ter acesso aos dois Laudos basta clicar no link abaixo.

Esmagado pela Globo, “megafone da inquisição”, Pizzolato conta com laudo para anular a sentença do mensalão, laboratório da Lava Jato; vídeo

https://www.viomundo.com.br/politica/esmagado-no-mensalao-pela-globo-megafone-da-inquisicao-pizzolato-conta-com-laudo-para-anular-a-sentenca-do-teste-da-lava-jato-video.html

 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

 

                      ELES SABEM O QUE FAZEM

 

 

A sociedade brasileira está histérica, o ódio, a maldade e os instintos de morte contaminam cada vez mais parcelas da sociedade. Isto não surgiu por geração espontânea, os soldados da classe dominante sabem o que fazem. Quem não sabe o que faz são as vítimas desta cilada.

Li partes de uma entrevista com a psicanalista Maria Rita Kehl da qual me despertou a atenção uma passagem, eis:

Entre nós, não vamos deixar isso (o ódio) nos contaminar. A pior coisa que pode acontecer é esse incentivo à morte, à maldade, ao ódio, nos contaminar. Começarmos todos a nos odiar por mixaria, a brigar com o vizinho, no trânsito." [1]

A sociedade brasileira estar sendo "nazificada". Os frágeis diques que contêm os instintos de morte, ódio e ausência de compaixão estão sendo rompidos. Quem instigou o ódio, difundiu ideologias nefandas ou deixou de criticar e mostrar os perigos destas um dia terá sua responsabilidade apurada.

O sujeito que classifica a população por raça, instiga o ódio racial e os instintos de sobrevivência esgrimindo a escassez de recursos não pode alegar que é um imbecil e não sabe o que está fazendo. Foi assim que Hitler atuou, classificou a população por raça e depois todo o mundo sabe no que deu.

Podemos aceitar que os meios de comunicação e a intelectualidade acadêmica não sabem o que fazem? Se não são inimputáveis então terão que haver-se com a responsabilidade por seus atos.

Sabemos que existe uma violenta e visível tentativa de intimidação na universidade brasileira de quem se opor a esta maré de histeria e autoritarismo. Não é fácil e sem riscos enfrentar esta escória.

Diante disto eu sou pessimista, não creio que seja possível deter o que está acontecendo, só o fundo poço vai esgotar esta onda. Só fatos acachapantes mostrarão o absurdo em que nos metemos. Argumentos não são aceitos quando a histeria e a consequente irracionalidade afloram.


Nota

[1] Maria Rita Kehl: ‘O pior que pode acontecer é o incentivo à morte e ao ódio nos contaminar’

http://www.ihu.unisinos.br/606743-maria-rita-kehl-o-pior...



 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

 

                                   FREUD EXPLICA

  

  


Há duzentos anos li dois textos de Freud, O FUTURO DE UMA ILUSÃO e O MAL-ESTAR DA CIVILIZAÇÃO. Li mais algumas coisas de intérpretes e vulgarizadores mas desisti de conhecer mais as ideias deste desbravador da psicologia profunda da sociedade.

Priorizei conhecer as classes sociais, a teoria das elites, instituições tais como os partidos, o Estado, as filosofias políticas. Hoje considero que conhecer as ideias de Freud sobre a sociedade é imprescindível.

Como entender a covardia coletiva manifestada em atos cruéis contra pessoas vulneráveis, indefesas ou em minoria sem Freud?

Como entender a rejeição da sociedade em ser "psicanalizada", em aceitar suas culpas, sem recorrer a Freud?

Como entender o "efeito manada", a covardia organizada, ou a relação quase sexual do líder com a massa sem recorrer às ideias dele?

Sempre que presencio uma manifestação da covardia coletiva, a manada cometendo mais um linchamento para esconder sua fraqueza em conviver com a realidade penso logo, "Freud explica."