A SOCIEDADE EM MOVIMENTO
Ontem selaram a prisão do Presidente Lula com a
denegação da ordem de habeas corpus no STF. Mas o que querem mesmo
não vão conseguir, que as pessoas desistam da luta política por reformas. Não se reverte uma tendência
política e social sem sangue nas ruas, sem eliminar muita gente. A sociedade
não será paralisada sem um choque.
Também não ocorrerá o tal suicídio político; nenhum
grupo político em atividade comete, não desiste de fazer política. Os golpistas sabem que
não vão estancar o movimento em que a sociedade se pôs com a prisão do
Presidente Lula.
Desta maneira a prisão do Presidente é somente mais um
ponto na escala da violência que começou com a AP-470, o fraudulento processo
do “mensalão”. Como não poderia deixar de ser, neste aumento progressivo
começaram pela violência simbólica, a calúnia, os processos sem
crimes a ensejarem condenações.
A violência sem sangue não resolve os problemas dos
golpistas, que têm problemas em várias frentes e um ponto extremamente
vulnerável, a eleição para Presidente da República em 7 de outubro. Eles sabem
que a prisão de Lula não encerra o embate político acirrado que estabeleceram.
A condenação de líderes do PT para provocar
frustração e decepção, a campanha sistemática para desacreditar a militância política não têm se
mostrado suficiente pois não se reverte uma tendência política e social sem que
a sociedade seja paralisada pela violência real.
Sempre foi assim. O golpe de Estado de 1964 aqui; o
golpe de 1973 no Chile; o primeiro deles comandado pela CIA na Guerra Fria, o
que derrubou o governo de Jacob Arbenz em 54 na Guatemala, foram desfechados para deterem tendências sociais e políticas reformistas. Só se inventaram
coisa nova agora, mas até agora tem sido assim.
O problema para eles não é somente o Presidente
Lula, é a tendência social e política por reformas da sociedade e do Estado que
precisam estancar. Ou vencem eles ou vencemos nós.
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