O MUNDO SOMBRIO DOS CORVOS
Um Papa da Igreja Católica, que tem uma aliança com as classes dominantes em todo o mundo desde que o Imperador Constantino se converteu ao cristianismo no ano de 313, se tornou mais progressista que a direita brasileira.
Que mundo é este que esta direita das cavernas e seus
ventríloquos querem nos atar?
O mundo de trevas, ignorância e irracionalidade com que os maníacos teimam em nos azucrinar e azarar é pautado acima de tudo na irracionalidade, na confusão mental, ódio, ruindade, preconceito e desprezo pela verdade.
Os maníacos mencionados e mais
alguns outros que lhes fazem eco têm o descaramento de investirem contra o
mínimo de civilização que a duras penas foi sendo construída com espeque em direitos com o nome de DIREITOS FUNDAMENTAIS DOS
CIDADÃOS, também conhecidos como DIREITOS HUMANOS.
Em um país em que Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo, Rachel Sherezade e ele, Marco Antonio Villa, o falsificador da história, pontificam algo de grave está acontecendo. É preciso procurar entender as responsabilidades das universidades e de seus professores bem como das escolas públicas em formar cidadãos que aquiescem com estes sociopatas.
Todo procedimento racional de conhecimento se
ampara em provas, separa fatos de opiniões e as inferências são verazes quanto
menos descoladas da realidade.
Na vida vivida ater-se a um
mínimo de racionalidade é sinônimo de honradez pois ater-se a relatos provados é manter-se honesto. Ademais, todo cidadão tem direito à
verdade e a ninguém é dado o direito de sonegá-la.
O mais conhecido libelo contra o
mundo de violência física e psicológica, fraudes, intolerância, mentiras e torturas que os
maníacos teimam em querer nos fazer aceitar como normal é o pequeno grande livro do Marquês
de Beccaria (1738-1794) “DOS DELITOS E DAS PENAS”.
Neste livro o Marquês iluminista
se insurgiu contra a tortura, um procedimento de incriminação medieval, e
fundou as bases do direito penal moderno e dos DIREITOS HUMANOS.
Este libelo é um marco divisório por colocar em oposição o
absolutismo e os ritos medievais de tortura e incriminação com os meios
racionais, empíricos, humanistas e verificáveis de prova.
O outro objeto do questionamento racional e humanista de Beccaria
são as penas. Penas absurdas pela desumanidade e desproporção com o delito
colidem com procedimentos racionais e humanistas.
Enfim, este legado de humanismo e racionalidade é sintetizado na obra do Marquês no
que pertine aos crimes ("a exata medida dos crimes é o
prejuízo causado à sociedade"), à prova ("é inocente aquele cujo delito
não está provado"), à colheita das
mesmas ("é monstruoso querer que um homem acuse-se a si mesmo",
"é exato que aquele que a si próprio se acusa, com maior facilidade
acusará outrem") e a sua valoração ("é importante
determinar de modo preciso o grau de confiança que se deve dar às testemunhas e
à natureza das provas que são necessárias para a verificação do delito")
entre outros tópicos que os iluministas esgrimiam contra os aferrados ao poder
absoluto, cego e perverso.
Em qualquer época honestidade, bondade, verdade, provas, colidirão com o mundo
de trevas, ódio, injustiça e fraudes que os arautos da direita querem nos fazer
aceitar como normal.
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