segunda-feira, 1 de setembro de 2014


         MÉTODO, FATOS E VERDADE


       


Compartilho aqui um vídeo curto mas muito interessante sobre coisas que considero relevantes: método, fatos, verdade.  
Eis o link https://www.facebook.com/video.php?v=10204571913159151&set=vb.1273613990&type=2&theater



Neste vídeo me chamou a atenção a advertência de Bertrand Russel para a importância de não procurarmos chifre em cabeça de cavalos, ou seja, não buscarmos em fatos examinados aquilo que corroboram nossas crenças quando estas estão em aberta colisão com os fatos. Chamo isto de intrepidez, uma virtude guerreira, ou seja, se os fatos não corroboram nossas hipóteses não poderemos inventar estórias para salvar nossas crenças.

Tenho um grande defeito entre muitos, nutro desprezo visceral, profundo, por quem não se interessa pela verdade, por aqueles que abrem a boquinha para repetir mentiras e injustiças, que não têm nenhum interesse em conhecer as ocorrências do mundo exterior chamadas FATOS para depois emitirem seus julgamentos. 

Sou tomado pelo sentimento de que uma pessoa que não se interessa pela verdade é pior que lixo com chorume... Sei, alguns podem dizer que sou radical, o que para mim é um elogio. Entendo as coisas de maneira simples e objetiva: verdade são ocorrências provadas e sem verdade não existe justiça. Ou a pessoa é justa, se interessa pela verdade ou é rebotalho. 

Sempre que este assunto entra em discussão peço encarecidamente que por favor, nem por brincadeira me façam aquela perguntinha cínica: "O QUE É A VERDADE?" E lembro também aos esquecidos que esta irritante pérola do cinismo foi feita pelo mais ordinário dos juízes, aquele arquétipo perfeito do mal juiz na sociedade ocidental, Pôncio Pilatos. 

Não tenho paciência, lamentavelmente minha bondade também é pouca, para lidar com pessoas despossuídas de intrepidez diante da verdade, aquelas pessoinhas que com condutas de ratos dizem assim: se os fatos negam minhas crenças pior para os fatos e aduzem que cada pessoa tem sua verdade e inventam uma estória descaradamente para sustentar o insustentável.


Buscar a verdade é uma questão de educação, de treino, de querer armar-se de intrepidez e predispor-se emocionalmente e intelectualmente com método para encontrá-la, buscando as provas das narrativas, testando as  hipóteses em confronto com a realidade. 


De Bertrand Russel tenho na estante com muito zelo o livro ENSAIOS CÉTICOS. Os céticos são aqueles caras que ao ouvirem uma narrativa se perguntam: por que devo acreditar nisto? Não acreditam em qualquer coisa e menos ainda logo na primeira mirada, sempre pedem provas, buscam provas para acreditar em narrativas. Naturalmente picaretas, pastores, golpistas, odeiam quem pede evidências mínimas para acreditar em suas narrativas fantasiosas...

Eis aqui uma passagem deste mestre do pensamento ocidental que está no livro ENSAIOS CÉTICOS, p. 55, edição da Ed. Opera Mundi: "(...) é indesejável acreditar numa proposição quando não há a menor base para supô-la verdadeira."


Já objetaram que se eu permanecer com este nojo incontrolável por pessoas que não suportam a verdade ou que brincam com ela terei que acrescentar à lista dos desafetos mais alguns inimigos. Concordo, mas não quero e nem posso me modificar, gosto de mim como sou. E se não posso nem quero me modificar então a solução será providenciar uma maquininha para imprimir senhas para distribuir para os inimigos...

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