sexta-feira, 12 de setembro de 2014

MARINA SILVA, O DESASTRE ANUNCIADO


MARINA SILVA, O DESASTRE ANUNCIADO

              


Faço aqui considerações sobre um eventual governo de Marina, que seria diferente em tudo do atual governo. Ela é mais neoliberal que FHC, isto quer dizer que a política externa seria de submissão aos EUA, por exemplo, deixaria em fogo brando o BRIC's, o bloco econômico formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, menos ênfase daria ainda a buscar outros mercados.

Mas a cereja do bolo desta submissão aos EUA seria a freada nas políticas públicas de ampliação do mercado interno com inclusão social e distribuição de renda tocadas pelo atual governo.

Está comprovado que isto se faz com mais presença do Estado direcionando o ORÇAMENTO PÚBLICO para a maioria dos cidadãos e não para a manutenção e ampliação da riqueza da classe dominante, deles mesmos, dos rentistas, dos especuladores do mercado financeiro, dos bancos.

Como se sabe, Marina defende o Estado mínimo, o dogma básico do neoliberalismo, com os contorcionismos e desmentidos habituais. Vejamos o que é o desdobramento prático do neoliberalismo:  o Estado desobrigado de qualquer medida para proteger os cidadãos e de qualquer política para tornar os cidadãos mais iguais. Com as políticas neoliberais os cidadãos, principalmente os assalariados, ficam expostos e sem anteparos à voracidade do empresariado local e internacional, o que significa para nós a manutenção da semi-escravidão em que vivemos.

Existe um relação de irmãos siameses entre a política externa e o que faz o governo para dentro das fronteiras. Assim, não devemos esquecer que o maior patrimônio de um país é seu mercado interno, daí regá-lo, protegê-lo, é coisa que nenhuma nação que aspire a ser soberana descuida. Por esta razão a direção política do Estado é o objeto de disputa entre as forças políticas subalternas aos interesses do imperialismo e nós outros.

Estas são as grandes linhas da disputa política feita com grandes objetivos. Vejamos agora um exemplo, se continuarem as políticas distributivas de renda postas em prática pelo PT cumuladas com ampliação de empregos o Brasil transformará nos próximos dez anos em poeira a influência dos EUA na América Latina e se firmará como uma potência material regional desafiando o império.  Daí, percebam o desastre que seria Marina eleita.

A outra maneira das forças subalternas ao imperialismo atuar mostrando sua face política mais visível está delineado no retrocesso que seria o fechamento das portas para as reformas plasmada na reforma política que propõe Marina e Aécio com o fim da reeleição, com eleições somente de cinco em cinco anos, adoção do voto distrital e o fim do voto obrigatório. Enfim, se fosse implementada seria uma reforma política que pela natureza obstativa da participação política engessaria de vez qualquer possibilidade de reformas pela via eleitoral afastando o povo das decisões políticas.

Queremos mais reformas e mais independência. A classe dominante com Marina quer o contrário. O povo é o árbitro desta contenda. Esperamos que julgue bem.



Um comentário:

  1. Sobre as estatisticas: 46% acha o governo Dilma, bom\ótimo--36% acha o governo Dilma, regular -- 15% acha o governo Dilma ruim-- 3% não sabe.
    - Assim espera-se com 95% de certeza que estes 46% que acha bom\ótimo vote em Dilma ou seja, na proporção de 0,95x 95% = 43,7% ;
    - Tambem que, dos 36% que acha regular, espera-se em 95% de certeza que a metade (regular) vote em Dilma ou seja, na proporção de 0,95x0,5x36% =17,1%.
    Somando os dois resultados fica: 43,7 + 17,1 = 60,8%.
    Gostaria quem alguem esclarecesse sobre os cálculos da pesquisa direta das
    intenções de voto sobre todos os candidatos juntos.
    -

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