O INIMIGO É VIL
Como já foi amplamente noticiado [1] o Ministro Antonio Palocci tentou se autoincriminar e não obteve sucesso, sua delação só tinha mentiras. Delação é confissão qualificada, além de se autoincriminar o delator precisa implicar um co-réu e isto Palocci não conseguiu, menos ainda implicar o Presidente Lula em qualquer crime.
Isto era esperado por mim e por quem conhece direito penal pois o resultado do varejamento da vida do Ministro pela Polícia Federal, Banco Central e Receita Federal durante cinco anos, de 2011 a 2016, resultou infrutífero.
Desde o conhecimento do resultado desta investigação que me antecipei ao que viria e escrevi que a delação do Ministro iria ter problemas [2] . Como se sabe hoje, bateu fofo, era inventada, Palocci não tinha crime a confessar.
O Ministro foi coagido. Palocci depois de um ano preso preventivamente foi condenado a doze anos e tinha certeza que iria passar uma longa temporada na cadeia devido às penas que viriam em outros processos em que fatalmente seria condenado por Sérgio Moro. Sabia também que iria ficar na miséria, perder os milhões de reais que tinha ganhado com consultoria, daí "delatou", inventou crimes que jamais cometeu.
Este homem foi execrado pelos meios de comunicação, chamado de ladrão, corrupto, denunciado pelo Ministério Público e nem a autoincriminação se sustentou, anote-se. Tudo foi feito para destruí-lo moralmente.
E agora? Ao invés de cair com socos e pauladas virtuais no Ministro questiono a Operação de Sérgio e o Estado brasileiro por ter coagido este homem a tamanha desgraça e desonra.
Mesmo que a verdade tenha aparecido agora, para mim o fato relevante é que os marginais da Operação de Sérgio Moro alcançaram o objetivo, conseguiram o que queriam, abateram politicamente um dos melhores quadros do PT.
O Ministro deveria saber que era alvo cobiçado e ter se preparado para o confronto. Que aprendamos a lição: o inimigo é vil e capaz de qualquer coisa. Quem cair em suas garras deve estar preparado para o pior. Enfrentá-lo com ânimo forte e respeito por si próprio é um bom começo.
Notas
[1] Sem provas: delação de Palocci sobre Lula foi baseada em notícias, diz PF
Bom dia amigo Luiz!
ResponderExcluirRealmente a forma como o Palocci saiu da política é digna de um drama rodrigueano, a maneira baixa e suja como o mesmo se sujeitou aceitando incriminar-se. Penso que a sociedade brasileira não estava nem está preparada para assumir a sua realidade social e política. O que mais lamento é enxergar que ela realmente acha que possui autonomia para tomar decisões, quando na verdade sempre foi tutelada pela grande imprensa.
Olá Américo. Concordo com você, a sociedade brasileira chegou ao seu máximo quando garantiu quatro vitórias do PT para o Governo Federal. Ao ser submetida a uma propaganda insistente, diuturna e parecida com o bullying encetada pelos meios de comunicação e pela Rede Globo em particular, a sociedade brasileira sucumbiu.
ExcluirMuito agradecido Américo pela sua presença aqui.
Recordo, com este meu lado "torto" ( você me entende...) de eterna empatia,quando divisei na maldita telinha hegemônica o semblante de Palocci...Não, não era Palocci,homem de pouca verbosidade...um companheiro! Tratava-se de um espectro, homem vencido, derrotado...Busquei em mim um só filete de ódio, repugnância ou...reprovação e não encontrei! Estava ali um homem que abriu mão de sua história! Só me sugeria pena, comiseração. Companheiro, ao Estado NÃO foi conferido tal e tanto poder! Urge reparação!
ResponderExcluirÉ isto mesmo, o Estado brasileiro precisa ser responsabilizado pelos crimes cometido contra o Ministro Palocci. Muito agradecido Unknown pela presença aqui no blog.
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