CAVANDO A PRÓPRIA COVA
A classe
dominante é terrível, tem uma sabedoria mundana elaborada e sabe como manipular
a opinião pública. Privatizou o debate, incluiu na pauta como dizem os
jornalistas, assuntos adstritos à vida privada, coloca homens contra mulheres,
estimulando o sexismo, negros contra brancos, heterossexuais contra lésbicas e
homossexuais.
Com isto jogou para debaixo do tapete a luta de
classes escancarada na reforma trabalhista que retira dinheiro dos
trabalhadores para transferir para o empresariado.
A vida sexual diz
respeito à vida particular de cada pessoa e ninguém deve se meter embaixo dos
lençóis de ninguém sem ser convidado, acho. Racismo é conflito particular
quando um palhaço comete os crimes de racismo e de injúria racial, exceto
quando a segregação advém de lei.
Sexo
(dos outros), racismo, religião e corrupção são assuntos que quando agitados
pelos meios de comunicação geram bons frutos para a classe dominante, histeria, conflitos particulares, fragmentação da sociedade e da opinião
pública.
No
final de todo este ciclo político aberto com o golpe de 2016 teremos um país
muito pior, mais dividido, mais pobre, com cidadãos piorados, mais canalhas, mais
mesquinhos, mais desumanizados, moralmente apequenados. Mas com tanta gente
trabalhando para cavar a própria cova como duvidar que este resultado será alcançado?
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