OS AGIOTAS GOLPISTAS
Não posso deixar
de ressaltar a importância da leitura da entrevista da ex Presidenta Dilma no
site Sul21 que está no link abaixo [1]
pois muito esclarece sobre as forças econômicas e políticas que
conduziram o golpe de Estado que a depôs.
Parece-me que pessoas que viveram
na clandestinidade na luta política têm dificuldade de externar o que pensam
pois a primeira regra da clandestinidade é segurar a língua e como se sabe a ex
Presidenta viveu alguns anos na luta subterrânea contra a ditadura instalada em 1964.
Contudo, a ex Presidenta depois de
meses vitimada pelo golpe começou a falar, a expor o ponto de vista de quem
esteve dentro da barriga da baleia e aí as motivações mais encobertas dos
golpistas estão sendo mostradas.
Os donos do capital financeiro, 1% da população, estiveram
no comando do golpe. Para que se tenha uma ideia dos interesses desta gente
basta lembrar que não existem mais
comerciantes, só agiotas, nenhum
deles tem interesse em vender à vista, só a prazo, para arrancar juros dos consumidores ilegalmente.
Aqui
um exemplo: comprei um novo celular e para isto andei e somente na quinta loja
meti a mão no bolso pela simples razão de que todos dividiam em mais de dez
vezes e não retiravam um centavo de juros na compra à vista. Todos agem como
bancos, são agiotas não regulamentados.
Fui
roubado por um agiota pois só uma pequeníssima parcela dos juros foi retirada
pois a compra foi à vista. É assim que os produtos brasileiros são os mais
caros do mundo: carros, celulares, sapatos, roupas, seja lá o que você comprar
terá um dreno, juros, a empobrecer a população com produtos de quinta qualidade.
Foi
esta gente que se empenhou no golpe. O neoliberalismo
significa antes de tudo o setor financeiro mandando no setor produtivo, com a total desregulamentação protetiva dos
cidadãos e das nações.
O
golpe de Estado começou em 2012 quando de uma só vez a taxa de juros baixou
2,5%, vejam o que disse a ex Presidenta na mencionada entrevista: "Percebi
isso em toda profundidade no governo. Uma coisa me intrigava: porque toda vez
que o juro baixava (em 2012, essa baixa chegou a 2,5%), era como se todo o
segmento empresarial virasse de costas para o governo."
A
entrevista é muito boa e alerta para a linha de confronto que se aproxima, a
eleição de 2018. Vale a pena ler e conferir.
Nota
[1]
“O golpe não terminou. A segunda etapa pode ser muito mais radicalizada e
repressora”
Gostei do Blog. Partilho esse vídeo sobre poder , dinheiro, hierarquia, distribuição de renda e crise mundial!
ResponderExcluirVejam e reflitam!
https://www.youtube.com/watch?v=_w0aI-c-ZiA