segunda-feira, 11 de abril de 2016

       OS INIMIGOS DO POVO

                               

                         


A campanha de incitamento do ódio deflagrada pela Rede Globo tem gerado vítimas, a Senadora Gleisi Hoffmann foi agredida com palavras e hostilizada no aeroporto de Curitiba sexta-feira (8/abril) [1], a Deputada Federal Zenaide Maia também teve manifestação hostil em frente de sua residência.

O rol de pessoas agredidas nos últimos meses por serem associadas ao PT é grande. Nada disto estar acontecendo por acaso, a família Marinho, os editores e jornalistas da Rede Globo têm noção exata do que fazem e do que podem desencadear na sociedade com a “guerra de extermínio” que movem contra o PT e o ex Presidente Lula, os alvos da campanha de ódio.

Quem ler o livro de René Armand Dreifuss "1964: A CONQUISTA DO ESTADO" saberá como foi a preparação da opinião pública para o golpe de Estado que depôs João Goulart dividindo-a, incitando o ódio e tendo como alavanca o anticomunismo. De 1962 a 1964 os golpistas desfecharam sua mais bem urdida campanha de incitamento do ódio contra seu alvo pois antes tinham sido repelidos duas vezes pela opinião pública.

Derrotados em 1961 pela campanha da legalidade liderada por Brizola os golpistas descobriram que foram derrotados em seus intentos golpistas  ao tentar impedir a posse de João Goulart porque a opinião pública os repeliu, igualmente como tinham sido derrotados em 1954 quando tentaram depor Getúlio e este virou a opinião pública.

Getúlio virou a mesa contra os golpistas em 1954 com o suicídio e a carta testamento feita sob encomenda a Lourival Fontes, integralista especialista em propaganda política, que tinha propositadamente forte apelo emocional. Com o suicídio Getúlio deixou de ser réu e passou a vítima na percepção do povo e com a carta lida nas emissoras de rádio de quinze em quinze minutos a massa entrou em comoção e o jogo virou contra os golpistas.

Em agosto de 1954 o também golpista Roberto Marinho recebeu sua cota da vingança do povo enfurecido, veículos que transportavam a edição de O GLOBO foram incendiados, a gráfica foi empastelada, nem o jornal do PCB deixou de receber a bordoada pelo antigetulismo esquerdista e oportunista, sua gráfica também foi empastelada.

Foi uma mudança tão radical em sentido contrário aos golpistas que o principal algoz de Getúlio, Carlos Lacerda, o mais audaz e loquaz golpista, teve seu jornal, TRIBUNA DA IMPRENSA, empastelado e passou um ano no exílio temendo a punição que por certo lhe teria sido aplicada naqueles dias tempestuosos.    

Surrados em 1954 e em 1961, os golpistas aprenderam a lição e durante dois anos, de 1962 a 1964, orquestraram suas ações objetivando galvanizar a opinião pública usando todos os veículos de comunicação disponíveis, emissoras de rádio, a nascente tv, jornais, panfletos, conferências, exibiam filmes feitos aqui e nos EUA, contrataram escritores como Rubem Fonseca, Rachel de Quiroz e jornalistas para trabalharem como escribas de aluguel.

Não é qualquer assunto que se presta para um campanha desta magnitude pois precisa provocar histeria, descontrole e atos irracionais contra o alvo. Anticomunismo e corrupção são temas quentes, aborto, sexualidade e irreligiosidade alheias também se prestam para manipular, dividir e açular multidões histéricas.

A campanha de ódio ora movida pela Rede Globo é terrível, desumana, visa o extermínio físico ou moral do ex Presidente Lula e do PT e mais que isso, quer subverter a ordem constitucional, mergulhar o país no caos e mover o Exército a fazer uma ditadura e assim subtrair direitos dos trabalhadores e arrancar grana de um governo inconstitucional tal como fez na troca de favores com os militares depois de 1964.

O intento da Rede Globo é criminoso e só pode ser obtido por meio do crime. Portanto, as agressões ocorridas e que ainda vão ocorrer são de responsabilidade da Rede Globo, de sua campanha de incitamento do ódio desfechada por seus donos e pistoleiros com carteiras de jornalistas.

Como disse o escritor Fernando Morais: “A rede Globo é inimiga do povo brasileiro e como tal deve ser tratada”.

Nota

[1] Gleisi Hoffmann é hostilizada por grupo de manifestantes em aeroporto


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