A ARTE DE BATER CARTEIRAS
Como
age o empresariado no mundo dos negócios?
A maneira de agir de Ricardo Pessoa, o dono da empreiteira UTC,
é um paradigma de como agem os tubarões da grana. Para começar, neste submundo dos
grandes negócios não existem regras, vale tudo, corromper, fraudar,
superfaturar, chantagear, usar trabalho de crianças e trabalho
análogo ao trabalho escravo, sonegar impostos e o que mais de
trapaças possam ser inventadas para afanar o dinheiro do contribuinte ou do
consumidor incauto.
Na matéria assinada por Samuel Celestino [1] fica patente que "Pessoa comandava o cartel das empreiteiras.
Ao cartel competia decidir qual delas seria a ganhadora das licitações, dos
contratos superfaturadas da dilapidada Petrobras. Ou seja, determinava qual
faria a corrupção que iria favorecer o próprio cartel, os funcionários da
estatal, doleiros e, principalmente, os políticos."
É
assim que funciona o sistema, caso você não tenha coragem de ser um bandido, um
ladrãozinho mequetrefe saiba que jamais ficará rico. Desde jovem eu sabia que
os caras eram bandidos, exploravam a mais valia e coisa e tal.
Incorri no engano de quem estava descobrindo o mundo e a vida,
era apenas leitor de um barbudo judeu que só conhecia o empresariado por
livros. Marx não conhecia como os caras fixam os preços (muitas vezes pela cara
do freguês), não sabia como se fraudam os contratos e se explora a ignorância alheia.
Daí eu pensava que as fraudes do empresariado era coisa de
ladrão grande, coisa de ladrão rico, mas com o tempo e a observação in
loco descobri que não é nada disto, os caras batem carteira, os
golpes são os mesmos dos punguistas, se apoiam basicamente em
nossa ignorância sobre preços, quantidades, qualidade, assim, basta você descuidar
que lhe aplicam o mais reles passa-moleque.
Fique atento quando entrar em uma loja, segure a carteira pois
vai entrar no antro do lanceiro. Esta regra vale para qualquer um,
do dono do mercadinho do bairro até a concessionária REVISA (Ford) da Av.
Bonoco em Salvador, BA.
Nesta concessionária fiz uma troca de óleo do carro e tive que ir duas
vezes para completarem, para entregarem o que eu tinha comprado, sem contar o
outro golpe que recebi nesta empresa de fachada.
Por isso, comprar qualquer coisa no Brasil é uma fonte de
problemas, aborrecimentos e frustrações, motivo pelo qual adotei uma regra: só
compro o mínimo indispensável, pesquiso preços (observe que quando
você anda os preços se modificam), não pago pelo preço em prestações se vou pagar à vista. Esta é a melhor maneira de não dar chances aos
ladrões e não me aborrecer.
Tenha sempre na memória: qualquer empresário rouba até as Obras
Assistenciais de Irmã Dulce se tiver oportunidade. Defender-se desta gente
exige estudo e cuidados redobrados pois estão dissimulados em mil fraudes e em
uma fachada chamada de CNPJ. Enfim, não esqueça: não temos
empresários, temos vagabundos; segure sua carteira quando estiver
diante de um deles.
Existem exceções? Deve existir, embora eu não conheça, mas exceção é exceção e regra é regra...
Leia a matéria de link abaixo e entenda em um caso paradigmático
como é que funciona uma empresa e a total falta de escrúpulos desta gente que
compõe a classe dominante e o sistema que criaram com o nome pomposo de
CAPITALISMO quando na verdade seria melhor chamado de VAGABUNDAGEM dado o fato
de não termos empresários mas vagabundos.
Nota
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