"El Pepe - Uma vida suprema"
É muito
bom o filme "El Pepe - Uma vida suprema", documentário sobre a vida
do ex-guerrilheiro e ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica,
dirigido por Emir Kusturica. Está na Netflix; é satisfação garantida ou seu
dinheiro de volta.
Pepe
Mujica é mais que um político, é um estadista, um homem que pensa nas próximas
gerações e não somente no horizonte da próxima eleição.
Sua
preocupação com a preservação de outras espécies, com o reflorestamento e com o
melhoramento do ser humano pelo fator cultural é de quem tem largueza de
espírito.
Desde
que li seu discurso na ONU que me lembrei de Marco Aurélio, o imperador romano
e filósofo estóico, pelos valores que evoca.
Vejam como Pepe Mujica
filosofa no filme: "Às vezes o que é bom é ruim, às vezes o que é ruim é
bom." É para se refletir.
Ele tem poucos bens
materiais e sabe que “é mais fácil adquirir as coisas que se livrar delas”
e que ”os homens se transformaram em instrumentos de seus instrumentos”,
como disse Henry D. Thoreau.
Os
reveses da vida podem amesquinhar-nos, nos tornar pequenos, ou nos fazer
melhores. No caso de Mujica a solidão de 12 anos de cadeia política o tornou
melhor.
Rui
Barbosa pensava de maneira idêntica sobre inimigos e vicissitudes e escreveu em seu discurso ORAÇÃO
AOS MOÇOS que muito do que era devia às adversidades e aos inimigos.
Tudo
muito bem, tudo muito bom, mas não é possível que nesta contribuição dada pelos
inimigos para o progresso moral de alguém esteja a daqueles inimigos implacáveis
e comprometidos com seu fim. Este é um caso para se cavar uma trincheira e atirar
com as duas mãos até o último cartucho.
Aqui
está o link para seu memorável discurso na ONU.
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