ATÉ ESTA ONDA DE LAMA E ÓDIO PASSARÁ
Punhaladas pelas
costas é a assinatura da ação dos covardes e ignóbeis. João Escória é um
exemplar desta espécie de micróbio moral.
O PSDB vive sua crise moral e política e está
experimentando o preço de ter rebaixado seus objetivos políticos. Este é só um
exemplo do que advém a quem na política mexe com as forças represadas sobre as
quais se ergue a civilização para obter seus fins.
Triste fim do
PSDB. Nesta eleição esboroou, desceu a montanha russa. Traiu o povo brasileiro, dilapidou seu patrimônio, sua gangue furtou à
vontade, vendeu para empresas transnacionais na "bacia das almas" a
Vale do Rio Doce, fez coisas que Fernandinho Beira-mar nem imagina fazer e
agora se enredou na trama que sempre envolve delinquentes na partilha do
produto do crime, se matam e se acusam.
João Dória é o tipo que lembra o mafioso da nova
geração dos filmes sobre a máfia, audacioso, sem nenhum código de honra e
passando o rodo nos velhos para assumir o comando.
A política não acaba e até esta
onda de lama e ódio à solidariedade social, à justiça e à verdade quebrará. Estes valores são os pilares do que chamamos mundo
ocidental e cristão.
Bolsonaro, se
eleito Presidente, e sua turma irão culminar o ataque contra a seguridade
social que se compõe de previdência e assistência social públicas, educação
pública e serviço de saúde público (SUS), tudo em nome de uma
"teoria" da propriedade que é apenas uma ideologia dos grandes
proprietários, o (neo)liberalismo, hoje mais especificamente a ideologia dos
banqueiros.
Sem
um estado de caos psicológico e institucional medidas tão perversas como as
neoliberais não são aceitas pela sociedade. Inventar um inimigo, instigar o
ódio e o linchamento moral e físico é a tática para quebrar as barreiras morais
e psíquicas para aceitação da crueldade.
Os
que hoje se jactam do apelo à violência indiscriminada e liberação dos mais
baixos sentimentos descobrirão que foram manipulados. Serão julgados não só
pelos historiadores.
O PT sobreviveu e é a esperança no segundo turno. A vitória difícil de Haddad está analisada em um ótimo texto de
Tereza Cruvinel logo abaixo [1].
Inimigos fazem a parte deles em
uma guerra. Aborrecem mesmo são os erros, os tiros no próprio pé tais como a
agenda da vida privada trazida para o debate substituindo o confronto de
projeto de nação e de desenvolvimento, o que somente importa para o futuro do
país.
Haddad precisa ganhar mais de um
milhão de votos por dia para ter chances de ganhar a eleição. A situação não
admite erros.
As redes sociais estão sendo um território dominado pelo inimigo
para "defender a família" e faturar com o conservadorismo hipócrita.
O sacripanta-mor diz defender a família empobrecendo-a e lhes retirando qualquer
proteção do Estado de Bem-Estar Social.
Neutralizar a rede de mentiras
divulgadas pelo WhatsApp, demonstrar que com Bolsonaro no poder haverá um
regime de crimes os mais diversos instalado no Brasil tem urgência. Será que o
delinquente vulgar padecedor de incontinência verbal vai se conter diante da
montanha de dinheiro do orçamento da União?
Ele não explicou o descompasso
entre seu patrimônio e o que recebe como militar da reserva e como deputado
federal. O jornal da Barão de Limeira deu um xeque-mate e mostrou que ele não é
honesto. Depois da divulgação deste fato nenhum eleitor dele pode dizer que não
sabia.
Ontem ele mais uma vez jurou que
fará tudo para colocar no Código Penal Militar uma excludente de ilicitude para
eximir de condenações policiais que matarem no exercício da função policial.
Esta ideia é um absurdo, produto de mais uma diarreia mental do delinquente.
Convenhamos, Bolsonaro é apenas
um delinquente vulgar, o mais sombrio é o fato deste criminoso contar com
muitos milhões de votos e seguidores que comemoram o destampamento do esgoto da
bestialidade que seu chefe proporcionou, com a total colaboração da Rede Globo
com seu antipetismo típico da máfia midiática.
Esta manada sombria e ordinária
parece que existe para nos fazer lembrar o tempo inteiro o que disse Santo
Agostinho: "nascemos entre fezes e urina."
Nota
[1] Venezuelizar ao contrário, por Teresa Cruvinel